Quando falamos de tecnologia, as coisas acontecem muito rápido. A cada ano, temos novos modelos de smartphones, e aplicativos nascem e morrem todos os dias para facilitar nossas vidas. A evolução do web design não tem sido diferente. Desde a criação do primeiro site até hoje, as mudanças têm sido significativas, e essa evolução é contínua.

Então, se você está interessado no assunto, convidamos você a fazer um breve passeio pela história do web design, que está em sua terceira década.

Cronologia

Com o passar do tempo, as necessidades e as formas de resolver as dificuldades que surgiram no mundo do web design variaram. No entanto, a aposta sempre foi evoluir em direção à experiência do usuário, tornando a navegação na internet fácil e intuitiva.

(1989) O começo. A era escura do web design

Tudo começou na década de 1990, conhecida como a era das trevas do web design. Em seus primórdios, o web design baseava-se em telas pretas com pixels monocromáticos que lhe davam um toque de cor. Em poucas palavras, não existia o web design, pois o texto dominava a tela.

Em 1991, a primeira página da “World Wide Web” foi publicada, por Tim Berners-Lee, um físico inglês considerado um dos grandes criadores da web. Este site tinha como único objetivo informar sobre o que era a World Wide Web (ou rede informática global). Hoje, mais de duas décadas depois, podemos garantir que seus usos se multiplicaram, e a evolução do web design está mais ativa do que nunca.

Design com tabelas. A partir de 1995

A invenção de navegadores que permitiam mostrar imagens representou o primeiro passo na evolução do web design em si. As tabelas foram introduzidas para dar ordem ao conteúdo, permitindo a mistura de designs estáticos e fluidos por meio de tabelas dentro de tabelas.

De certa forma, as tabelas foram o ponto de partida para o que hoje é o design responsivo. Por um bom tempo, o uso de tabelas foi a abordagem predominante para o design de páginas da web, o que resultou em uma separação entre o design e o desenvolvimento. Enquanto os designers criavam os layouts, os desenvolvedores procuravam maneiras de fazê-los funcionar, gerenciando informações em elementos diferentes.

JavaScript. 1995

O JavaScript chegou para resolver várias das limitações do HTML e deu dinamismo ao web design. No entanto, uma das questões mais discutidas como desvantagem é que ele torna o carregamento da página mais lento. 

Embora muitos evitem o JavaScript atualmente para resolver questões que podem ser tratadas com CSS, ele ainda é amplamente utilizado, tanto no front-end quanto no back-end. O front-end diz respeito ao que é visível em um site, enquanto o back-end garante que os dados corretos sejam enviados ao navegador e cria a funcionalidade do sistema.

A era do Flash e a liberdade de design. 1996

O Flash surgiu e impressionou com a capacidade de criar efeitos visuais, quebrando as barreiras que existiam no web design da época. Era o sonho realizado por meio de uma única ferramenta.

Um arquivo era enviado ao navegador para exibição. Esse foi um marco, mas com o tempo ficou evidente que os efeitos e interações não eram indexados pelas buscas que indexavam o HTML, além de consumir poder de processamento. Isso fez com que perdesse força ao longo do tempo.

O auge do CSS. 1998

As Cascading Style Sheets (CSS) se tornaram populares com uma proposta que separa o conteúdo da apresentação. Em outras palavras, o HTML cuida do conteúdo, enquanto o CSS define o formato e a aparência. 

O CSS passou por um processo de evolução que levou vários anos para produzir seus melhores resultados. No início, a exibição variava dependendo do navegador, o que dificultava o trabalho dos desenvolvedores.

A web 2.0. 2003

Começa a era da informação baseada nos usuários, e a web 2.0 se torna popular com as redes sociais e os blogs. 

Com interfaces visualmente mais atraentes e alta usabilidade, entramos em uma fase mais avançada do web design, na qual o foco passou a ser tanto nos usuários quanto nos mecanismos de busca. A ênfase na experiência de navegação por meio do web design se tornou evidente.

Design de grid e framework. 2007

Eis que temos a chegada do design para dispositivos móveis, já que ele precisou evoluir com a chegada dos smartphones. A partir desse momento, era necessário criar versões do site com base no tamanho da tela. Isso foi possível por meio do uso de grids e frameworks, representando um desafio significativo.

A primeira melhoria foi a ideia de colunas, até que se definiu o sistema de grid com uma divisão em 12 colunas, que é amplamente utilizado até hoje.

Design responsivo. 2010

A partir de 2010 e até 2012, ocorreu a última grande mudança no web design: o design responsivo, introduzido para resolver o desafio dos diferentes tamanhos de tela dos dispositivos inteligentes. 

Com o mesmo conteúdo (um único site), mas com designs diferentes conforme o tamanho do dispositivo, foi encontrada uma maneira de apresentar informações de maneira mais amigável ao usuário. 

Isso possibilitou o uso de imagens que ocupam a largura total da tela e abriu o caminho para um web design minimalista, com uma aparência mais simples e limpa. Em outras palavras, o conteúdo voltou a ser o foco.

Com essas mudanças, houve um foco maior em um design mais plano, retornando às raízes que priorizam o conteúdo, deixando para trás os efeitos de sombra e retornando à fotografia, tipografia e detalhes de linhas. A simplicidade aliada à praticidade.

De certa forma, parece que, de maneira mais avançada, o ciclo retorna às suas origens. No entanto, como todo processo, ele continua em constante mudança e é possível que, em um futuro próximo, a concepção do web design continue nos surpreendendo com mudanças e inovações.